Internado desde o começo do mês na Santa Casa de Campo Grande, morreu na tarde desta terça-feira (14), o jovem de 17 anos que foi ferido depois de ter uma mangueira de ar introduzida no ânus, durante uma “brincadeira” em um lava jato da capital do estado de Mato Grosso do Sul.
O abuso havia sido denunciado pela família do garoto, que trabalhava no local. Um boletim de ocorrência foi registrado na sexta-feira (03), segundo informações da Polícia Civil.

“Eu quero que eles paguem pelo que fizeram. Acabaram com a vida do meu filho. Quero justiça. Só vou sossegar quando ver eles atrás das grades”, afirmou a mãe do jovem em entrevista à TV Globo.
“A pressão do ar era tão forte que fincou [a mangueira] dentro dele. Esse ar vazou, estourou o intestino grosso e saiu pela pele, pelas laterais, comprimindo os pulmões dele e trancando as válvulas respiratórias”, afirmou o pai do jovem.
Morte
A confirmação da morte de Wesner Moreira da Silva, foi feita pelo tio. “Ele acabou de falecer. Agora, a gente quer justiça. Não vamos parar enquanto a gente não conseguir justiça”.
A mãe do menino já havia dito que o estado de saúde dele era gravíssimo. “Ele piorou teve febre, vomitou bastante, está com infecção nos dois drenos e com começo de pneumonia”, lamentou a mulher de 47 anos.

Eles já foram ouvidos na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), onde o caso é investigado como lesão corporal grave.
O caso foi denunciado pelo primo da vítima, de 28 anos, na sexta-feira (3), mesmo dia que ocorreu o crime. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.
Nas redes sociais, corre a informação não confirmada de que o jovem era vítima de assédio moral e bullying homofóbico no trabalho, já que ele era constantemente chamado de “viado” pelos colegas que o mataram.