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Técnica de enfermagem indiciada pela Polícia Civil trabalha no Hospital da Mulher Mãe Luzia
A Polícia Civil do Amapá indiciou uma técnica de enfermagem e outro funcionário público por falsificar atestados médicos em Macapá. Os policiais chegaram até os acusados após o gerente de um restaurante desconfiar da caligrafia dos atestados apresentados por um funcionário. Os documentos eram vendidos no valor de R$ 50.
As investigações iniciaram em outubro, durante o período eleitoral, quando o gerente do restaurante informou que um garçom usou os atestados diversas vezes, todos assinados pela mesma técnica de enfermagem usando .
"Ele desconfiou que nenhum deles apresentavam 'garranchos' e todos assinados pela mesma pessoa. Pesquisado pelo nome da pessoa que estava no carimbo, descobrimos que se tratava de uma pediatra da Maternidade Mãe Luzia. Após isso, as investigações foram avançando", contou Lívia Pontes, delegada adjunta da 6ª DP.
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Lívia Pontes, delegada adjunta da 6ª DP
O garçom admitiu o crime e informou aos policiais que não conhecia a técnica de enfermagem, mas sim um intermediário, que conseguia os atestados comercializados pela funcionária da maternidade pública.
Por meio desse homem, que agia como auxiliar da técnica de enfermagem, a polícia chegou a principal suspeita do caso, que negou qualquer participação no crime durante o depoimento.
Por outro lado, o comparsa dela admitiu que fazia o intermédio, disse que o dinheiro ficava com a técnica de enfermagem e ressaltou que eles comercializam os atestados desde 2015
A pediatra, dona do carimbo, foi procurada pela Polícia Civil e disse não ter conhecimento do caso, mas informou que há anos tinha perdido um carimbo, que possivelmente foi usado pelos acusados.
"Ela [pediatra] se disponibilizou a fazer a coleta do padrão gráfico e foi comprovado por técnicos da Polícia Técnico-Científica [Politec], que a caligrafia usada nos atestados não era dela, mas sim da técnica de enfermagem", ressaltou.
Agora a polícia busca por outras pessoas que compraram os atestados da dupla, que responderá por falsificação de documento público. Já o garçom do restaurante, será indiciado por uso de documento falso.