sexta-feira, 23 de junho de 2017

Super Vancomicina: Antibiótico conhecido fica mil vezes mais forte


É fato. Com o uso inadequado dos antibióticos, as bactérias se tornam resistentes. Um exemplo é quando o médico prescreve um antibiótico quando não há uma infecção para "prevenir" que ela aconteça, ou quando uma pessoa toma o medicamento por conta própria. Parar o tratamento antes da hora, ou seja, deixar de tomar o antibiótico antes do tempo indicado pelo médico também deixa a bactéria mais resistente.

A produção de alimentos (principalmente cárneos) também usa antibióticos para evitar doenças nos animais. Assim, as bactérias que os antibióticos deveriam matar, se adaptam a eles.

Infelizmente, isso se tornou algo tão corriqueiro que faz com que os cientistas conscientes do fato busquem novos agentes antimicrobianos (que matam as bactérias).


Mas a importância de uma nova descoberta não pode passar despercebida, pois não se trata de uma nova descoberta e sim de uma melhora bastante expressiva do que é considerado um dos antibióticos mais potentes da atualidade -- a vancomicina.

Mas, antes de continuar, quero ressaltar que se essa vancomicina turbinada (ou super vancomicina) for utilizada em casos onde ela não é necessária, a mesma também poderá deixar de matar eficientemente as bactérias que estão causando alguma infecção no organismo.

Cientistas americanos conseguiram criar em laboratório uma versão mil vezes mais forte de um antibiótico comum e sabidamente potente, a vancomicina.


Nos EUA, pesquisadores do Instituto Scripps mexeram na estrutura molecular do antibiótico vancomicina, usada há 60 anos, surgindo uma espécie de supervancomicina, mil vezes mais potente que a original.

A ação da super vancomicina

A ação da vancomicina é destruir a parede da bactéria. É como se o antibiótico tivesse uma arma e agora têm duas a mais.



Os pesquisadores testaram o super antibiótico contra uma das bactérias resistentes mais perigosas. O medicamento matou o micro-organismo e continuou fazendo efeito mesmo após ser exposto 50 vezes à bactéria.

O chefe da pesquisa, Dale Boger, explica que o mesmo tipo de alteração molecular pode ser usado para fortalecer outros antibióticos. Ele acredita que, em cinco anos, o novo remédio já terá passado por todos os testes e poderá ser usado.