Médicos e enfermeiros protestam contra falta de máscaras e luvas
BRASIL: A falta de equipamentos de proteção e de higienização em unidades de saúde já provocam protestos de médicos e enfermeiros pelo país, com a escalada de casos do novo coronavírus.
Em Porto Alegre, um ato na manhã de quinta-feira (19) reuniu trabalhadores do setor de saúde que exigiam oferta de EPIs, os equipamentos de proteção individual. Os profissionais protestaram com os trajes que deveriam ser usados em situações como a pandemia de coronavírus, explicou o Sindisaúde-RS (Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul).
Em nota, o Hospital Mãe de Deus, que foi alvo do protesto, respondeu que "está seguindo o protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o fornecimento de EPIs aos seus funcionários" e que "tem estoque disponível". "Reforçamos que o Hospital Mãe de Deus está tomando, junto à área de Qualidade e Segurança da instituição, todas as medidas cabíveis para a proteção de nossos funcionários e pacientes", acrescentou o hospital.
O Sindicatos dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso do Sul informou que, por falta de materiais, os hospitais públicos estão restringindo o uso de máscaras e luvas a profissionais diretamente ligados ao combate do novo coronavírus, como para os que atuam no pronto-socorro e na triagem de pacientes.
A vice-presidente da entidade, Helena Delgado, afirmou que a expectativa é que na próxima semana mais materiais cheguem à rede pública do estado. Ela disse ainda que os maiores problemas estão sendo registrados nas instituições privada de atendimento, com relatos de falta de materiais de proteção.
Delgado apontou que o Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul recomendou que os hospitais se adequem às normas e que, na próxima semana, o sindicato vai fiscalizar o cumprimento das medidas."Se a empresa não estiver seguindo a recomendação, vamos entrar com uma ação de obrigação de fazer", afirmou a representante do sindicato.
Na rede municipal de Ipatinga (a 212 km de Belo Horizonte), os kits com EPIs (equipamento de proteção individual) destinados ao atendimento de pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus estão sendo disponibilizados apenas para médicos.
Os kits incluem capote, luvas, óculos e máscaras, segundo uma técnica de enfermagem que conversou com a reportagem, mas pediu para não ser identificada. Ela lembra, porém, que para que o paciente chegue até um médico, ele passa por triagem com os enfermeiros. "Somos nós que fazemos o acolhimento, a avaliação, a aferição dos sinais vitais e temos esse contato direto com todo tipo de paciente. Até que prove que ele é caso suspeito, ele já passou por todo tipo de processo e andou pela unidade inteira", diz.
O grupo de técnicos de enfermagem, na unidade onde trabalha a técnica, inclui pessoas com diabetes, idosos e uma grávida. Uma funcionária da unidade cumpre quarentena por estar com suspeita de infecção. Até ser atendida, ela teve contato com todos os servidores, que não estão em isolamento. Questionada, a prefeitura não respondeu.
O Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) diz que as denúncias que têm chegado à ouvidoria nos últimos dias vão desde falta de materiais de uso individual até a proibição do uso de EPIs e similares. Segundo relatos que chegaram ao conselho, há diretorias e gestores de saúde que pedem aos profissionais que não usem máscaras, a fim de não gerar medo nos pacientes.
Enfermeiros que trabalham em unidades de saúde de Pernambuco ameaçaram entrar em greve. Eles denunciam falta de equipamentos básicos de proteção, a exemplo de máscaras e aventais, e desabastecimento de álcool em gel e sabão nos hospitais. No sábado (21), o Tribunal de Justiça de Pernambuco determinou a suspensão da greve anunciada pelo Sindicato dos Enfermeiros no Estado (Seepe-PE), sob pena de multa.
Ludmila Outtes, presidente do Seepe, diz que parte dos servidores está desprotegida para realizar o trabalho diante do avanço do coronavírus. "O problema não é de hoje, mas se agravou com o coronavírus. Nós estamos na linha de frente e não podemos aceitar falta de máscaras, aventais e até sabão."
Ela diz que a situação é mais difícil nos hospitais Getúlio Vargas, Geral de Areias, Otávio de Freitas e Correia Picanço.
Em nota, a SES-PE (Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco) informou que as unidades sob gestão estadual estão funcionando normalmente, sem relatos de falta de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. O comunicado informa que já foi iniciado o processo de compra emergencial de equipamentos de proteção individual para as unidades com o objetivo de assegurar o abastecimento permanente.
O Conselho Regional de Enfermagem de Roraima disponibilizou canais para denúncias, mas por enquanto nenhuma foi recebida. Um grupo de gestão de crise da instituição deve se reunir com a vigilância sanitária estadual e com a secretaria de saúde para tratar de medidas que evitem a falta de insumos.
Em Porto Alegre, um ato na manhã de quinta-feira (19) reuniu trabalhadores do setor de saúde que exigiam oferta de EPIs, os equipamentos de proteção individual. Os profissionais protestaram com os trajes que deveriam ser usados em situações como a pandemia de coronavírus, explicou o Sindisaúde-RS (Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul).
Em nota, o Hospital Mãe de Deus, que foi alvo do protesto, respondeu que "está seguindo o protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o fornecimento de EPIs aos seus funcionários" e que "tem estoque disponível". "Reforçamos que o Hospital Mãe de Deus está tomando, junto à área de Qualidade e Segurança da instituição, todas as medidas cabíveis para a proteção de nossos funcionários e pacientes", acrescentou o hospital.
O Sindicatos dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso do Sul informou que, por falta de materiais, os hospitais públicos estão restringindo o uso de máscaras e luvas a profissionais diretamente ligados ao combate do novo coronavírus, como para os que atuam no pronto-socorro e na triagem de pacientes.
A vice-presidente da entidade, Helena Delgado, afirmou que a expectativa é que na próxima semana mais materiais cheguem à rede pública do estado. Ela disse ainda que os maiores problemas estão sendo registrados nas instituições privada de atendimento, com relatos de falta de materiais de proteção.
Delgado apontou que o Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul recomendou que os hospitais se adequem às normas e que, na próxima semana, o sindicato vai fiscalizar o cumprimento das medidas."Se a empresa não estiver seguindo a recomendação, vamos entrar com uma ação de obrigação de fazer", afirmou a representante do sindicato.
Na rede municipal de Ipatinga (a 212 km de Belo Horizonte), os kits com EPIs (equipamento de proteção individual) destinados ao atendimento de pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus estão sendo disponibilizados apenas para médicos.
Os kits incluem capote, luvas, óculos e máscaras, segundo uma técnica de enfermagem que conversou com a reportagem, mas pediu para não ser identificada. Ela lembra, porém, que para que o paciente chegue até um médico, ele passa por triagem com os enfermeiros. "Somos nós que fazemos o acolhimento, a avaliação, a aferição dos sinais vitais e temos esse contato direto com todo tipo de paciente. Até que prove que ele é caso suspeito, ele já passou por todo tipo de processo e andou pela unidade inteira", diz.
O grupo de técnicos de enfermagem, na unidade onde trabalha a técnica, inclui pessoas com diabetes, idosos e uma grávida. Uma funcionária da unidade cumpre quarentena por estar com suspeita de infecção. Até ser atendida, ela teve contato com todos os servidores, que não estão em isolamento. Questionada, a prefeitura não respondeu.
O Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) diz que as denúncias que têm chegado à ouvidoria nos últimos dias vão desde falta de materiais de uso individual até a proibição do uso de EPIs e similares. Segundo relatos que chegaram ao conselho, há diretorias e gestores de saúde que pedem aos profissionais que não usem máscaras, a fim de não gerar medo nos pacientes.
Enfermeiros que trabalham em unidades de saúde de Pernambuco ameaçaram entrar em greve. Eles denunciam falta de equipamentos básicos de proteção, a exemplo de máscaras e aventais, e desabastecimento de álcool em gel e sabão nos hospitais. No sábado (21), o Tribunal de Justiça de Pernambuco determinou a suspensão da greve anunciada pelo Sindicato dos Enfermeiros no Estado (Seepe-PE), sob pena de multa.
Ludmila Outtes, presidente do Seepe, diz que parte dos servidores está desprotegida para realizar o trabalho diante do avanço do coronavírus. "O problema não é de hoje, mas se agravou com o coronavírus. Nós estamos na linha de frente e não podemos aceitar falta de máscaras, aventais e até sabão."
Ela diz que a situação é mais difícil nos hospitais Getúlio Vargas, Geral de Areias, Otávio de Freitas e Correia Picanço.
Em nota, a SES-PE (Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco) informou que as unidades sob gestão estadual estão funcionando normalmente, sem relatos de falta de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. O comunicado informa que já foi iniciado o processo de compra emergencial de equipamentos de proteção individual para as unidades com o objetivo de assegurar o abastecimento permanente.
O Conselho Regional de Enfermagem de Roraima disponibilizou canais para denúncias, mas por enquanto nenhuma foi recebida. Um grupo de gestão de crise da instituição deve se reunir com a vigilância sanitária estadual e com a secretaria de saúde para tratar de medidas que evitem a falta de insumos.